30/05/2011, faltam 13 dias para a comemoração do tão esperado aniversário de 18 anos. A "maioridade tão sonhada" durante as brigas com os pais na fase da pré adolescência. Mas quando penso em o quão rápido os últimos dias tem passado, confesso que o tempo assusta.
Ainda ontem eu estava planejando minha festa de 15 anos e pensando na lista de convidados. Eu me achava tão adulta, tão dona da verdade... certamente muito mais do que hoje. O fato é que quando completei 15 anos, junto com as felicitações das pessoas, vieram As palavras: "Aproveita bem, porque depois dos 15 só vai". Não sei se fiquei impressionada depois de ouvir de tantas pessoas as mesmas palavras, e passei a acreditar nisso, ou o tempo realmente escorre por nossas mãos depois de completar essa idade, como se fosse uma "maldição dos 15". Hoje, quase três anos depois, eu me sinto como se ainda estivesse naquela festa, ouvindo aquelas pessoas.
Namorei dos 15 aos 17 anos, não sei se este não foi o fato que agravou a minha sensação de o tempo ter passado sem que eu pudesse perceber. Tudo isto me deixa com um certo "medo" da vida. Cada vez sinto o peso de mais responsabilidades, o que tem encurtado os momentos de lazer, de sono e de convivência com as pessoas. Me espanto sempre que penso em uma amiga, da qual eu gosto muito, que mesmo morando na mesma cidade, vejo no máximo quatro vezes no ano. Não é falta de sentimento para com os outros, é a escassez de tempo.
Já que falei em sentimento, ou a falta dele, ai está outro assunto "polêmico" dentro da minha infinidade de conflitos internos. Não sei o motivo exato pelo qual me tornei tão "prática" nos assuntos do coração, talvez seja aquele lance de que a idade e o mundo te corrompem ou, se preferir, te "amadurecem". Embora eu ainda acredite no amor, não espero que exista o "amor da minha vida", e até dou risada quando escuto alguém chamando o outro assim... soa tão enjoativo. Prefiro acreditar em coisas mais simples e mais comuns, como "alguém legal, que se pareça comigo o bastante para ter um romance eterno enquanto dure". Sem "pra sempre" (até porque nem a nossa existência no mundo é permanente), sem promessas nem juras, apenas uma boa convivência e a vontade. Acho que a palavra é esta, vontade. Vontade de estar perto, de fazer coisas junto, de conversar, beijar, amar... As vezes tenho pressa em encontrar esta pessoa com quem dividirei um pouco da minha vida, mas então lembro da célebre frase que diz: "a pressa é inimiga da perfeição" (não que eu acredite em perfeição, até porque se ela existir, deve ser um tanto quanto sem graça) e também, não importa, afinal eu tenho apenas 17 anos 11 meses e alguns dias. Tenho ainda que aprender sobre varias coisas, cair e levantar para cair novamente. Enfim, tenho muito que viver!
E assim vou seguindo, com dúvidas, pensamentos, músicas, livros e os velhos companheiros de todo jovem das mais distintas épocas: o papel, a caneta e a inconstância que torna a vida tão interessante e intensa.