domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sem título.

É difícil perceber quando as coisas mudam, elas simplesmente mudam e não mandam avisos. Hoje assistindo pedaços de um filme vi uma cena onde a mulher questionava o ex marido sobre onde havia ido parar os sentimentos e promessas do começo, e parei pra pensar no quanto é comum nos perguntarmos onde as coisas do passado foram parar. Tudo na vida é transitório. Todos os começos são novidades, são descobertas... não podemos comparar o começo das coisas com elas atualmente. A vida, por exemplo, no começo eramos bebes e com o tempo crescemos e mudamos. No trabalho, começamos com um ânimo que não é o mesmo de hoje e provavelmente vai chegar uma hora em que contaremos os dias para a aposentadoria. Porque essa visão de que relacionamentos devem ser eternos e imutáveis? Pessoas são bichos complicados, pensam diferente, levam a vida de maneiras distintas, tem gostos próprios... Quando o padre fala "até que a morte os separe", a maioria das pessoas pensa que é a morte de um dos dois, eu interpreto de outra forma, acredito que a "morte" que o casamento se refere, é a morte dos sentimentos, a morte das vontades. No fundo, todos querem encontrar alguém, o problema é que esse "alguém" é idealizado por uma sociedade que nos impõe valores. Todos nós já encontramos alguém, mas alguma morte separou.
Não vamos viver prendendo-nos à coisas já desgastadas, vamos olhar pra frente e enfrentar a vida e as pessoas como elas são, não como foram ou poderão ser. O real é o agora, não importa o que tenha sido ontem e o amanhã depende das nossas escolhas e apostas atuais.