terça-feira, 31 de maio de 2011

Amor próprio


Não tenho tempo, não tenho paciência, nem -muito menos- coração para correr atrás de alguém. Deixo as coisas seguirem seu curso natural. Se tiver que ser, se for verdadeiro, prevalecerá.
Decidi que não vou ligar, não vou mandar mensagens de texto, recados em redes sociais ou chamar no messenger. Decidi que antes de mais nada, eu preciso amar a mim mesma. Tenho um mundo inteiro, na janela do meu quarto, e nele quero me jogar, me aventurar, me arriscar e enfim viver.
Sinceramente, pensando em todas as coisas que aconteceram antes e as que acontecem agora, eu não sei qual das duas fases me faz melhor. Eu estava disposta a viver todas as novidades e me arriscar ao lado dele; mesmo sabendo que talvez nem tudo fossem flores, mas que o coração seria nosso guia. Mas será que é isso mesmo que eu quero? Deixar minha liberdade, meus amigos, e minhas noites de sono tranquilo por uma pessoa que não sabe ao menos se quer estar comigo ou não? Palavras não me bastam. Eu posso jurar amor à uma pedra, e em seguida chutá-la; ou posso não falar nada e juntá-la do chão, e a levar para casa. Embora a questão aqui não seja pedras, o que eu quero dizer é que eu não vou acreditar nas palavras de uma pessoa que não demonstra seus sentimentos.
Portanto, reafirmo que com toda a calma do mundo, vou deixar meu coração aberto e tranquilo; com a certeza de que as coisas vigoram quando tem que dar certo; e que se não for pra ser verdadeiro e me fazer feliz, é melhor que voe com o vento.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Transitoriedade permanente


30/05/2011, faltam 13 dias para a comemoração do tão esperado aniversário de 18 anos. A "maioridade tão sonhada" durante as brigas com os pais na fase da pré adolescência. Mas quando penso em o quão rápido os últimos dias tem passado, confesso que o tempo assusta.
Ainda ontem eu estava planejando minha festa de 15 anos e pensando na lista de convidados. Eu me achava tão adulta, tão dona da verdade... certamente muito mais do que hoje. O fato é que quando completei 15 anos, junto com as felicitações das pessoas, vieram As palavras: "Aproveita bem, porque depois dos 15 só vai". Não sei se fiquei impressionada depois de ouvir de tantas pessoas as mesmas palavras, e passei a acreditar nisso, ou o tempo realmente escorre por nossas mãos depois de completar essa idade, como se fosse uma "maldição dos 15". Hoje, quase três anos depois, eu me sinto como se ainda estivesse naquela festa, ouvindo aquelas pessoas.
Namorei dos 15 aos 17 anos, não sei se este não foi o fato que agravou a minha sensação de o tempo ter passado sem que eu pudesse perceber. Tudo isto me deixa com um certo "medo" da vida. Cada vez sinto o peso de mais responsabilidades, o que tem encurtado os momentos de lazer, de sono e de convivência com as pessoas. Me espanto sempre que penso em uma amiga, da qual eu gosto muito, que mesmo morando na mesma cidade, vejo no máximo quatro vezes no ano. Não é falta de sentimento para com os outros, é a escassez de tempo.
Já que falei em sentimento, ou a falta dele, ai está outro assunto "polêmico" dentro da minha infinidade de conflitos internos. Não sei o motivo exato pelo qual me tornei tão "prática" nos assuntos do coração, talvez seja aquele lance de que a idade e o mundo te corrompem ou, se preferir, te "amadurecem". Embora eu ainda acredite no amor, não espero que exista o "amor da minha vida", e até dou risada quando escuto alguém chamando o outro assim... soa tão enjoativo. Prefiro acreditar em coisas mais simples e mais comuns, como "alguém legal, que se pareça comigo o bastante para ter um romance eterno enquanto dure". Sem "pra sempre" (até porque nem a nossa existência no mundo é permanente), sem promessas nem juras, apenas uma boa convivência e a vontade. Acho que a palavra é esta, vontade. Vontade de estar perto, de fazer coisas junto, de conversar, beijar, amar... As vezes tenho pressa em encontrar esta pessoa com quem dividirei um pouco da minha vida, mas então lembro da célebre frase que diz: "a pressa é inimiga da perfeição" (não que eu acredite em perfeição, até porque se ela existir, deve ser um tanto quanto sem graça) e também, não importa, afinal eu tenho apenas 17 anos 11 meses e alguns dias. Tenho ainda que aprender sobre varias coisas, cair e levantar para cair novamente. Enfim, tenho muito que viver!
E assim vou seguindo, com dúvidas, pensamentos, músicas, livros e os velhos companheiros de todo jovem das mais distintas épocas: o papel, a caneta e a inconstância que torna a vida tão interessante e intensa.

domingo, 29 de maio de 2011

Praticidade incômoda

Pensando em coisas ditas, estava eu em um daqueles banhos longos numa tarde de domingo. Então percebi certas praticidades minhas, em relação aos assuntos do coração.
No "auge dos meus 18 anos" eu tenho consciência de que tenho muitas coisas para viver, muito o que aprender, e dezenas de "novos amores" ainda vão surgir. Namorei dos 15 aos 17 anos, e como "primeiro amor" tinha aquele sentimento de imaginar o futuro, de usar o termo "amor da minha vida", como toda a garota no meu lugar faria. Foi um relacionamento conturbado, e sinceramente nem eu sei responder quando me perguntam como eu aguentei tanto tempo uma pessoa "louca". haha Depois disso, depois da primeira "desilusão amorosa" eu coloquei na minha cabeça que não se morre por amor. Depois disso, vieram 8 meses de enrolação com outra pessoa, onde eu derramei lágrimas como da primeira vez, e talvez a razão destas tenha sido a minha praticidade ao falar as coisas ao outro. Mas a verdade, é que isso tudo não passa de uma "casca" que me cobre como proteção do mundo. Meu verdadeiro eu, espera ainda um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida -como na musica do Cazuza- ainda espera alguem pra compartilhas as coisas simples do dia a dia, alguem pra sorrir por pouca coisa. Mas o mundo não perdoa quem acredita nos sentimentos, e eu não quero que o mundo me veja.
Eu queria apenas que Ele me visse, do jeito que eu sou, e entendesse que toda essa praticidade, é na verdade, aparente. Que eu posso falar que não vai ser o primeiro nem a ultimo termino, que ja passei por momentos piores, mas que isso não significa que eu não esteja sofrendo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pra que ele nunca saiba.


Tem que ser você, seu cheiro, seu rosto ao amanhecer, suas caras, suas bocas, suas birras, suas manhas, seus sabores, seus sorrisos, seu calor, seu corpo junto ao meu.
Estive aqui parada e ouvi muitas pessoas falando: -Longe dos olhos, longe do coração. Até pude concordar balançando a cabeça, no momento, mas por dentro, sentia exatamente o contrario. Não me vejo ao lado de outro, que não você. Estou louca? Quem sabe esteja mesmo, não sei. Me arriscar por uma pessoa, novamente?! Sentir todas aquelas angustias de um coração adolescente?!
SIM! Eu quero viver tudo isso! Eu quero apostar todas as minhas fichas em uma pessoa. Eu quero sentir que estou viva, que estou vivendo, não apenas passando, pela vida, sem emoções. Mas não vou apressar nada, não. Cada coisa ao seu tempo. Nem vou falar desse mar de emoções, para que você não tenha medo e se afogue. O que tiver que ser, vai ser; e eu só vou saber arriscando.
Portanto, sem medo, sem cobranças, sem brigas, sem silêncio no meio da conversa. Vou "deixar rolar" e que seja como Deus quiser.