sábado, 16 de abril de 2011

Lembranças de uma vida que ainda transborda...





Ruas, casas, praças, parques... Memórias. Uma vida que no seu dia-a-dia vai avançando, despercebia, entre a rotina e o lazer. Com o passar dos dias, as responsabilidades vão se tornando cada vez maiores e em maior número, fazendo com que o tempo passe cada vez mais rápido e muitas vezes despercebido.
A infância ja passou, a época de colégio ja passou, então chega a tão esperada maioridade; porém, junto com ela, chega o momento onde nos cabe tomar os caminhos que decidirão o futuro de nossas vidas. Os amigos vão tomando rumos diferentes, e aos poucos, o afastamento se torna cada vez mais inevitável. Romances vem e vão, e a família vai se reduzindo com o tempo.
Os lugares em geral são os mesmos; porém as pessoas mudaram. Como pode algo que nos fez tão feliz, hoje se perder a ponto de tornar-se uma vaga lembrança? Passo em diversos locais, principalmente praças e ruas, e uma nostalgia me consome. O tempo escorreu entre meus dedos, e continua a escorrer cada vez mais com os dias que passam, e eu nada posso fazer, a não ser aproveitar os segundos como se fossem os últimos.
Ainda ontem, eu estava dando o meu primeiro beijo, que foi em uma praça. Praça na qual eu brincava com minhas primas na infância, onde passei tardes da adolescência, onde já briguei com ex namorados, já conversei com amigos, já chorei, já gargalhei... e tudo continua lá, do mesmo modo; salvo algumas reformas,claro, mas no geral nada mudou. Assim como eu, várias pessoas já devem ter passado por aqueles bancos em situações diversas; pessoas que talvez não habitem mais esse mundo. E assim tudo vai ficando para trás.
No amanhã eu também deixarei de existir, e tudo que eu fui e sou hoje vai se perder com o passar das gerações... Mas aquela praça, aqueles bancos e até mesmo aquelas árvores guardarão consigo, uma história que também foi minha.

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