sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sentimento, costume ou carência?


Quando conhecemos uma pessoa e começamos a nos relacionar com ela, vamos criando laços de amizade, companheirismo, cumplicidade... E em pouco tempo nos sentimos encantados de tal maneira, que passamos a acreditar que dali esteja surgindo um sentimento. Mas raramente analisamos a situação para saber se tudo isso não é causado por alguma carência afetiva.
Muitas vezes, estamos sozinhos e empobrecidos de sentimentos quando conhecemos alguém; e essa nova pessoa que apareceu "na hora exata" passa a ser tudo que queríamos, e por consequência achamos que estamos apaixonados. Confundimos um sentimento com uma carência.
Além disso, tenho observado relacionamentos ja desgastados, onde o sentimento se perdeu no caminho, mas as pessoas insistem sem percebem que tudo isso não passa de uma questão de costume; Depois de passar um certo tempo com uma mesma pessoa é natural que se crie hábitos e uma rotina a dois, o término não é algo fácil; e por essa dificuldade em colocar um ponto final, o costume é confundido com um sentimento.
Na minha opinião, o sentimento, ou o amor, é muito mais do que todas essas coisas. É mais do que estar acostumado com tal pessoa, é mais do que "ele apareceu na hora certa", é mais do que tudo. É algo cuja explicação inexiste. É o querer bem, é o gostar de estar junto, é o "entregar-se" mais profundo, é o fazer sem esperar retorno, é mesmo separados desejar o melhor para o outro. É o simples, e ao mesmo tempo complexo. É algo que até hoje eu não vivi, que as vezes penso não existir; mas que no fundo do meu coração, eu guardo para alguém; alguém que esse mesmo coração espera que chegue em breve.

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