quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Mais uma de amor...




Olho no relógio, são exatas 23 horas do dia 24/08/11. Estou deitada no sofá da sala, com um caderno e uma caneta nas mãos. Na rádio toca "best of you - foo fighters" e "para variar", começo a pensar na vida, observando as fotos na parede.
Hoje, longe de tudo, tirei um tempo para me reorganizar e focalizar nos meus verdadeiros objetivos. Reciclei ideias, joguei fora alguns pensamentos que não me cabem mais e estou tentando me recuperar da dor de alguns sentimentos já desgastados. Embora eu saiba que as coisas não se resolvem da noite para o dia, tenho certa pressa incômoda de me "livrar" de todos os fantasmas da mente.
Apesar do sofrimento que sempre parece demorar a passar, sinto cada vez mais que o tempo "escorre" entre meus dedos, sem que eu possa pegá-lo. Parece ridículo falar isto no auge dos meus 18 anos, mas não me sinto como se o fato de eu ainda ser nova me livre de algo. Não quero viver com a ilusão de juventude eterna e "acordar" para a vida real com 30 anos.
Caminhamos para os últimos 3 meses do ano... Quantos dos nossos "planos de ano novo" foram executados? Quantas coisas mudaram? Quantos sentimentos nasceram e morreram dentro de nós? Quanta coisas simplesmente não faz sentido, enquanto outras tomam conta de nossos desejos? A maneira como as coisas mudam, a maneira como eu mudo, me assusta e entristece muito.
Não consigo assimilar como ele não entende a minha ânsia em "não perder tempo". O mundo está cheio de jogos de interesse, as responsabilidades só aumentam, as pessoas cada vez amam menos e enganam mais, fingem mais. Em meio a tanta falta de coisas verdadeiras, será que ele não percebe a sorte que é ter alguém em quem confiar, alguém a quem amar?
Não entendê-lo é o que me faz acreditar que ele não sabe o significado das palavras "eu te amo" quando as profere para mim. Se for assim, eu prefiro sofrer por um tempo, sozinha. Se nem a vida é para sempre, imagine um sentimento que não é cultivado? Apesar de tudo, meu desespero está cercado de paz, porque não há nada que o tempo não possa curar.
E se o que ele diz sentir for verdade, ele virá e mudará tudo isto que me faz sofrer.

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